Entrevista The Moontown Project

“Nesta área, temos que ir com tudo a 100%, porque se não o fizermos há milhões de pessoas na fila de espera, especialmente numa indústria como a da música. ” 

Publicado no dia 1 de abril de 2023

Caleb, Eric, Seth, Will e Guy da esquerda para a direita.

The Moontown Project é uma banda proveniente de Leeds. Tudo começou com o duo que Will Swain-Smith e Guy Molony criaram. Ao educar Will, a sua mãe, que era escritora e poeta, deu primazia às palavras e à poesia ao invés do som. Já Guy, teve uma infância mais focada na música devido ao facto da sua mãe cantar e do seu pai tocar piano. A música que estes dois amigos começaram a fazer pode ser etiquetada como Rock Indie experimental. Três anos depois, The Moontown Project já não é um duo. Seth Oraeki trouxe a sua voz incrível, Caleb Flood está encarregue da bateria e Eric Dimmack proporciona groove infinito com o seu baixo. Com estas adições recentes, o som da banda evoluiu.

Eric, Will, Guy, Seth e Caleb da esquerda para a direita.

No dia 13 de maio de 2022, tivemos a oportunidade de conversar com os rapazes e passar um dia inteiro com eles nos estúdios Bookhouse em Londres, enquanto eles estavam a gravar as suas novas músicas utilizando tecnologia de live-tracking. Foi um dia bem passado e divertimo-nos imenso. Um grande obrigado a todos os membros do The Moontown Project e da equipa da Stogey Records que nos receberem. Esperamos que gostem de ler a entrevista.

Recomendamos que tenham o Spotify do The Moontown Project aberto ao vosso lado enquanto leem a entrevista, para que possam ouvir qualquer uma das músicas mencionadas, se o desejarem.

Guy.

Olá Guy e Will. Como é que se conheceram e formaram a banda?

Guy: Nós costumávamos tocar numa banda quando estávamos na escola chamada Lily and The Caves. Foi assim que começamos a atuar em concertos. De certa forma, o Will e eu complementamo-nos um ao outro em competências e habilidades. Depois de a antiga banda se separar, fomos à New Forest e refletimos um pouco sobre tudo enquanto tomávamos bastantes cogumelos mágicos. Apenas passeámos pela floresta e olhámos para a lua. Pareceu-nos que havia uma cidade na Lua, e foi por isso que escolhemos o nome The Moontown Project. 

Will: É importante acrescentar que quando a nossa antiga banda terminou não tínhamos nenhum plano, nenhum pseudónimo, nem nome. O que é bonito no The Moontown Project é que o Guy e eu tivemos tempo infinito para nos sentarmos e pensarmos sobre o som que queríamos fazer. 

Quando é que a música entrou na vossa vida?

Seth: A música tem sido, desde o início, uma parte muito importante da minha vida. O meu pai era o líder de culto da nossa igreja local. Foi aí que fui apresentado pela primeira vez a instrumentos musicais e a cantar no coro. Lembro-me de acordar todos os dias às 7 da manhã e ouvir música jazz incrível a tocar lá em baixo, enquanto o meu pai se preparava para o dia. 

Caleb: A música entrou na minha vida quando eu tinha cerca de 4 anos de idade. O meu pai é baterista, e ele tinha uma bateria eletrónica. Eu costumava levantar-me à noite e ir experimentá-la. O meu pai apercebeu-se que eu me interessava pela bateria, por isso ofereceu-me algumas aulas com um tipo hippie chamado Mick que me ensinou a tocar. Desde cedo, eu soube que a música era o que queria fazer. Desde que vi o kit da bateria eletrónica, nunca mais quis fazer outra coisa. O meu pai nunca desistiu de me incentivar a seguir a minha paixão. 

Eric: Quando era mais novo, passei muito tempo em espetáculos ao vivo porque o meu pai é técnico de palco. Portanto, passei imenso tempo em festivais, fora do palco, a ver pessoas a tocar.

Quais são as vossas influências musicais?

Will: Adoramos Air e Jungle. Quando os descobrimos pela primeira vez, eles ainda não tinham revelado as suas identidades. Os Jungle não revelaram quem eram até serem enormes. Por vezes é fácil apaixonarmo-nos por esse lado e esquecermo-nos que o que se está a fazer é música. Vejo muita gente a esquecer-se que não é a si que se estão a promover. É o seu negócio, a sua arte, ou a sua música. Com os Air era igual. Alguém sabe quem é que eles são? Não, mas a música deles é incrível.

 Guy e Will da esquerda para a direita.

 Guy.

Will e Guy, vocês costumavam viver em Londres. Porque escolheram Leeds em vez de Londres?

Guy: Londres era uma loucura porque estávamos a trabalhar tanto que não tínhamos tempo suficiente para pôr a nossa criatividade a render. Quando acabávamos de trabalhar, toda a criatividade já tinha sido sugada. Por isso, decidimos mudarmo-nos para Leeds. Lá, estivemos a estudar durante três anos, enquanto eramos pagos para isso. 

Will: Nós não escrevemos sobre temas conceptuais. Escrevemos sobre episódios que nos aconteceram. Em Londres, estávamos a trabalhar tanto, que mal podíamos passar tempo um com o outro, e nada acontecia nas nossas vidas que fosse suficientemente interessante para escrever sobre isso. Queríamos escolher um sítio onde pudéssemos ter uma qualidade de vida que nos desse disponibilidade para escrever canções sobre as nossas experiências. 

O vosso primeiro EP foi feito em colaboração com o Bone Slim. Como é que encontraram o som do Mask On The Moon?

Guy: Não pensámos muito. Acho que tinha comprado um sintetizador novo. Fizemos muitos instrumentais numa Maschine da Native Instruments. Então, enviámo-los ao Bone Slim, que gravou uns versos por cima das nossas faixas. Depois, ele levou-nos a um estúdio onde gravámos o EP com o Robbie Barlow, que é agora o nosso engenheiro e praticamente o 6º membro da banda. 

Will: Penso que muito disso partiu de respeito mútuo. Normalmente, quando os produtores trabalham com um rapper, há sempre uma voz dominante. Ou o rapper diz: “Faz desta forma para mim” ou o produtor coordena e diz: “Eu escolhi este instrumental e quero que tu faças isto à minha maneira”. E penso que por nos respeitarmos mutuamente como artistas, respeitámos as nossas diferenças. É fácil respeitar as semelhanças e respeitar nas áreas onde há coesão. Deixámo-lo à vontade para fazer a sua arte, à sua maneira, de acordo com o processo criativo dele, e vice-versa. A última coisa que queríamos fazer era colocar qualquer tipo de restrições ao Bone, porque ele é uma pessoa mega criativa. Observá-lo e trabalhar criativamente com ele, fez-me respeitá-lo ainda mais. 

Will, Caleb, Eric, Seth e Guy da esquerda para a direita.

Como foi produzir este disco com o Bone Slim?

Guy: O Bone Slim compreende como estruturar uma canção em termos de arranjo, como seccionar, e como fazer crescer a energia ao longo do som. Ele sabe fazer uma música. E mesmo que não tenha necessariamente o conhecimento relativo às configurações técnicas, ao tipo de compressores e ao hardware, ele sabe o tipo de som que quer. O Bone sabe descrever o que é quer, de uma forma simples, para que qualquer engenheiro de som o consiga compreender, e é por isso que ele consegue trabalhar com tantos produtores diferentes. 

Will: Eu penso que com quantas mais pessoas um artista trabalhar, melhor músico será. É um pouco como o futebol. Como um jogador de futebol, se jogares num clube durante toda a tua carreira, ganhas um determinado conjunto de ideias, jogas com certos jogadores e aprendes com eles, mas quando mudas de clube, e trabalha com diferentes treinadores, adquires novas ideias e jogas com outros jogadores, retiras novas aprendizagens. É assim que te tornas num jogador completo. O mesmo se passa com a música.

Como é que conseguem conciliar o trabalho com este projeto?

Guy: Dizemos sempre que temos dois trabalhos. E a maioria das pessoas que conhecemos que trabalham em música também têm outra ocupação. Eu trabalho no teatro. Monto cenários e faço trabalho de carpintaria. Atualmente, tenho três ou quatro dias por semana em que trabalho no teatro, e os outros são dedicados à música. Normalmente, chegamos a casa depois dos turnos, talvez à meia-noite, trabalhamos até às cinco da manhã e depois acordamos às nove e vamos para o emprego. Por vezes é demasiado e ficamos estourados, mas não sabe a trabalho. 

Will: Pessoalmente, penso que preferimos estar ocupados. Eu trabalho num bar de um espaço onde o Eric também trabalha. Sou o melhor barman de cocktails de Leeds, possivelmente da Europa. Nesta fase, ter outro emprego e outra responsabilidade ajuda-me e motiva-me a não desistir da música. Nesta área, temos que ir com tudo a 100%, porque se não o fizermos há milhões de pessoas na fila de espera, especialmente numa indústria como a da música. 

Em 2020 fizeram uma Archives Collection Session com o Bone Slim. O que é que acham que seria mais adequado para o The Moontown Project: um COLORS SHOW ou um NPR Tiny Desk Concert?

Eric: Eu acho que seria melhor fazer um COLORS SHOW porque gostava de ver o Seth em frente a um belo microfone, a cantar por cima do instrumental. Às vezes sinto que o Seth não recebe os créditos que merece pela voz incrível que tem. Adorava vê-lo fazer um COLORS SHOW onde ele é o foco com o Will e o Guy por trás a tocar teclas e guitarra, para que a voz dele possa brilhar.

Archive Collection Sessions.

“Yellow Walls” por Bone Slim e The Moontown Project.

O vosso single “Moon Honey” teve a produção de Archie Weir. O que há de tão especial nesta música?

Will: O que há de tão especial na “Moon Honey” é que essa foi a faixa na qual estivemos mais próximos de atingir o som perfeito. Estamos orgulhosos de tudo o que fizemos, mas esta canção foi o primeiro exemplo de algo que nós nos orgulhámos, e que sabíamos que o mundo iria gostar. Com a “Moon Honey” eu sempre disse: “Eu sei que o mundo vai adorar esta música”. 

Com a vossa música “Mademoiselle” tiveram uma abordagem mais disco e funky. Pôs-me a dançar. 

Will: É importante ouvir-te a dizer isso porque esse era o nosso objetivo. Com a “Moon Honey” tivemos feedback de pessoas que nos disseram: “É groovy, nós gostamos, e é um pouco música de dança”. Nós pensámos, como é que podemos fazer o próximo som encaixar na categoria de música de dança? Parte do nosso objetivo é trazer a diversão de volta aos concertos. Sentimos que os espetáculos são demasiado controlados. Para começar, pagamos demasiado dinheiro para entrar num concerto, os seguranças à porta são mal-encarados, as bebidas são muito caras e toda a gente sai do local depois do concerto. Há uns anos, depois dos concertos ficávamos a conviver no espaço do evento. Queríamos que voltasse a ser como dantes. Parte desse processo consistiu em olharmos para o nosso set e decidir que queríamos uma canção que fizesse que toda a gente dançasse, ficasse louca e desinibida.

Trabalharam com uma empresa de marketing para lançar as músicas “Moon Honey” e “Mademoiselle”. Valeu a pena?

Guy: É uma loucura. Há tanta música, que se pode fazer o que eu considero ser uma boa canção, e mesmo assim, ela não chegar ao público certo. Mas quando chega, as pessoas costumam ser muito recetivas. Então, descobrimos que quando temos a nossa música promovida funciona muito bem, especialmente com o “Moon Honey”, considerando as pessoas a quem a canção chegou. Esta experiência confirmou-nos que se levarmos a nossa música às pessoas certas, que é algo no qual o marketing ajuda, conseguimos obter resultados ainda melhores. 

Como é que a banda actual se juntou? 

Seth: As capacidades de comunicação do Guy e do Will são incríveis. Nunca vi duas pessoas que sejam tão boas em networking. Estes dois encontram a um grupo aleatório de pessoas e, sem saberem quem são, conseguem ter uma conversa de 50 minutos com eles. O Caleb estudou com o Guy no conservatório de Leeds, onde eu e o Eric também estamos a estudar. Eles tinham feito alguma música antes, mas o Caleb não fazia necessariamente parte do The Moontown Project. Depois entrei eu em cena. Quando quisemos começar a atuar e a fazer espetáculos ao vivo, foi importante assegurar um baterista e baixista efetivos. Quando o Will conheceu o Eric, pois eles trabalham no mesmo local, a banda ficou finalmente definida. Foi nesse momento que o meu envolvimento na banda, do Caleb e do Eric ganhou vida. 

 Eric.

Para onde é que se que se está a direcionar o novo som do The Moontown Project?

Seth: Penso que o The Moontown Project está agora a entrar numa nova era, com um novo som. Isso significa que a banda pode agora colaborar com artistas diferentes, com os quais talvez o Will e o Guy não podiam colaborar antes, simplesmente porque não tinham um som do tipo RnB e Neo-Soul. Por a minha voz se inserir nessas categorias, temos agora muitas mais portas abertas.

Hoje e ontem, estiveram a gravar música nova num estúdio em Londres. Porque é que decidiram gravar música com a tecnologia de live-tracking?

Will: O nosso engenheiro Robbie disse-nos que quando tocamos ao vivo temos um certo som que ainda não conseguimos captar em estúdio. Queremos encontrar uma forma e um meio de gravação para capturar em estúdio a sonoridade que iríamos ter num espetáculo ao vivo. É por isso que hoje e ontem estivemos a gravar música com live-tracking.

Acham que o The Moontown Project soa melhor nas gravações digitais ou nos concertos ao vivo?

Eric: Eu diria que é uma questão engraçada. O material digital que gravamos é bom. No final do dia, quero ter orgulho no meu produto, mas também me quero orgulhar do processo feito para criar esse produto. Os concertos ao vivo soam bem porque cada um tem o seu pequeno toque a acrescentar. E é tão diferente das gravações digitais. Especialmente tocando baixo, traz uma sensação diferente à canção. Posso até trocar algumas das notas que toco, e havendo notas diferentes por baixo, pode transformar completamente a música. Faço isso imenso no concerto ao vivo. Por isso, sim, acho que prefiro os concertos.

 Caleb.

 Seth.

Will e Guy, quais são as coisas de que sentiam mais falta quando eram um duo, que o Eric, o Caleb, e o Seth vieram trazer para o grupo?

Will: O Seth é um cantor excecional. Sendo um compositor, o que Seth me dá é a opção de escrever uma canção de RnB, Soul, ou de qualquer outro tipo de música e ele dá-me os meios para tornar essa canção legítima. O Seth traz-me infinitas possibilidades dentro do processo da escrita das letras das músicas.

O Eric traz uma dimensão totalmente nova não só musicalmente, mas também em termos de produção. Todas as novas faixas que temos andado a fazer são baseadas no groove que vem principalmente do Eric. O que me entusiasma é que era o Guy quem costumava produzir as nossas músicas em conjunto com Robbie. Agora temos Eric, que é um produtor incrível. Ele e o Guy vão ter bebés musicais. O Eric está sempre a trabalhar com músicos diferentes, por isso sabe quando é que deve clicar no botão para gravar e dizer que não o fez. É uma habilidade importante. 

O Caleb é apaixonado pela bateria. Hoje chegámos ao estúdio às 11 da manhã, estávamos todos exaustos, e o Caleb vai diretamente para a bateria partir a louça toda. Ele adora os tambores. Não se pode substituir alguém que é completamente apaixonado pelo instrumento que toca. 

Qual é que era o vosso objetivo com o último single que lançaram “Just Call”?

Seth: A ideia por trás do “Just Call” é muito diferente para cada membro da banda. Diria que o objetivo geral é relembras as pessoas que a comunicação não está tão longe como pensamos estar. Está apenas à distância de uma simples chamada telefónica. A canção é uma celebração do amor. “Just Call” pretende apenas relembrar as pessoas de que, embora tenhamos tido uma altura em que a comunicação com os nossos familiares e amigos tenha sido mais difícil, especialmente nos últimos dois anos, é tão simples quão ligar a alguém.

 Seth.

Caleb, Eric, Seth, Will e Guy da esquerda para a direita.

 

A Stogey Records é a editora na qual lançam as vossas músicas. Quão importante foi a Stogey para o vosso desenvolvimento?

Will: O que eles fizeram foi providenciar-nos uma plataforma. Temos acesso a um determinado tempo de estúdio em Leeds, e foi-nos dada a opção de virmos a um estúdio em Londres, no qual nos sentimos confortáveis, com um engenheiro de som que adoramos, que nos conhece, para gravar músicas novas com live-tracking. Sem mencionar que já nos deram tanta ajuda com o financiamento, relações-públicas e apoio para os nossos projetos. Não podemos agradecer-lhes o suficiente por tudo o que fazem por nós. 

Guy: O Leon é um grande amigo nosso desde há muito tempo. Ele começou a interessar-se pelo negócio da música numa altura em que estávamos a começar a compreender o nosso objetivo com este projeto, o que ajudou imenso. E a Olive, que é um membro recente da equipa, também percebe imenso de estilo e moda. É uma equipa unida e acabamos por trabalhar muito bem em conjunto. 

Vocês falam imenso do vosso engenheiro de som, Robbie. Como é que ele vos tem ajudado nos últimos anos?

Eric: Conheci o Robbie ontem, portanto nunca tinha trabalhado com ele antes. Ver o seu ritmo de trabalho nos últimos dois dias, tem sido fixe. Ele percebe como é que a música deve soar e ser. As dicas e observações dele são sempre perfeitas. Por outro lado, se tiveres uma ideia muito má, ele vai dizer-te que tiveste uma ideia de merda. Ele é assim.

Seth: Também é uma sorte ter alguém tão talentoso com os ouvidos e que tem um ponto de vista exterior ao da banda. Quando estamos no quarto do Guy, ouvimos as nossas demos durante horas seguidas. Quando se ouve uma música tantas vezes, é difícil perceber as coisas que estão erradas. O Robbie é capaz de as ouvir e apontar instantaneamente. 

Eric, Guy, Seth, Caleb e Robbie da esquerda para a direita. Will (no chão).

 Seth.

O que é que gostam mais na vossa banda?

Eric: Penso que é a mistura de estilos e influências, porque Guy tem um passado bastante eletrónico e é ótimo com sintetizadores e aspetos técnicos. Adoro que ele traga isso para a mesa, muda completamente as músicas. A voz do Seth é a cereja no topo do bolo. As sensações que as batucadas do Caleb criam são inacreditáveis, e a escrita do Will é fantástica. A forma como tudo se junta e como trabalhamos uns com os outros é o que eu adoro neste grupo. 

Caleb: É ótimo tocar numa banda com pessoas com quem podemos conviver. Somos bons amigos. Esta é primeira banda em que já estive, em que todos nós passamos tempo juntos quando não estamos a trabalhar. Quando acabamos de fazer música, vamos sair e fazemos coisas que não estão relacionadas com trabalho, e é algo muito natural.

Gostava de vos pedir que descrevessem com uma palavra a característica que mais gostam no membro da banda à vossa esquerda.

Seth: Vou usar a palavra effortless. Vou explicar porquê. Nunca vi um músico como o Guy que consiga mudar rapidamente de instrumentos de uma forma tão suave que aparente quase nenhum esforço. 

Guy: O Eric é simplesmente o mais grooviest. Eu toco baixo, mas ele simplesmente tem tantas ideias groovy que se encaixam perfeitamente em todas as faixas. 

Caleb: Eric, só me conheces há cerca de duas semanas, vamos ver o que é que tens a dizer sobre mim.

Eric: Eu vou dizer power. Este cabrão sabe tocar bateria com uma intensidade de outro nível. 

Caleb: O Will? Idiota. Estou a brincar. O Will é adorável. É um tipo muito positivo. Eu diria que o Will é uplifting. Ele motiva-te muito facilmente. Todos vocês me fazem sentir desejado. O Will tenta trazer o melhor de todos ao de cima e está sempre a sorrir. 

Will: Eu diria que Seth é enigmatic. Ele é das poucas pessoas que eu conheço que é tão exibicionista como eu. Encontro imensas semelhanças entre mim e o Seth no que toca ao quanto gostamos de atuar e na forma como ele finge não gostar disso quando, por dentro, adora fazê-lo.

 

Eric, Guy, Will, Seth e Caleb da esquerda para a direita. 

Desde o dia 13 de maio de 2022, a banda The Moontown Project lançou três singles: “Recently”, “Deep Sea Diver” e “Elevator”. “Elevator” foi lançado no dia 24 de março de 2023 e foi a primeira música que esta banda gravou recorrendo à tecnologia de live-tracking

Recentemente tocaram ao vivo em Leeds, abriram para o Sidders no Hootananny em Brixton e deram um concerto em Old Street, Londres, no showcase mensal da Jodie Bryant. 

Estes cinco amigos têm estado a fazer das suas e têm estado a trabalhar em muita música nova que será lançada num futuro muito próximo. Estejam atentos.

Podem encontrar The Moontown Project no Instagram.