Entrevista CLBRKS

“Muito raramente as pessoas compreendem a importância do que estão a fazer enquanto o fazem. É só quando estão a desenhar a torre Eiffel que as pessoas sabem que o que estão a fazer é importante.”

Publicado no dia 4 de Fevereiro de 2023

Conrad L Brooks nasceu no Reino Unido, mas aos três anos foi para a África com sua família, onde passou os seus anos formativos, mais em concreto na Tanzânia, Gana e Uganda. Começou por adotar Louis Hammock como nome artístico inspirado num “gerador de nomes aleatório que era muito mau”. Passaram-se alguns anos e Conrad decide-se pela simplicidade e adota CLBRKS como o seu nome artístico. O CLBRKS tem lançado projetos consistentemente desde 2015 e trabalhou com produtores como o Morriarchi, Kiina e YUNGMORPHEUS. A sua voz e flow fora do normal, as escolhas interessantes dos instrumentais nos quais rima e o facto de todos os seus projetos apresentarem uma coesão rara faz com que o CLBRKS se destaque no atual panorama do hip-hop underground.

Em maio de 2022 a seeking sound ainda não tinha sido lançada e de forma consolidar ainda mais o projeto, fomos a Londres fazer algumas entrevistas. O Conrad não hesitou em aceitar o nosso convite para entrevistá-lo, e por isso estamos muito agradecidos. Encontrámo-nos no dia 9 de maio de 2022 no Hyde Park às duas da tarde. Demos um passeio agradável no qual conversamos sobre a sua vida, carreira e influências.  Esperamos que gostem tanto de ler  a entrevista tal como nós gostámos de a fazer.

Recomendamos que tenham o Spotify do CLBRKS aberto ao vosso lado enquanto leem a entrevista, para que possam ouvir qualquer  uma das músicas mencionadas, se o desejarem.

Olá Conrad. Fala-me um pouco sobre a tua infância em África, por favor.

Eu nasci em Aylesbury, no Reino Unido. Depois fui morar para uma cidade chamada Berkhamsted em Hertfordshire até os três anos. Só nos mudámos para África depois de eu fazer três anos. Voltei definitivamente para o Reino Unido em 2013 quando tinha cerca de 18 anos e mudei-me para Londres em 2015.

Foi bom passar a minha infância em África. Conheci muitas pessoas de lugares diferentes. Comi muita fruta fresca, muitos legumes e peixe. Foi estranho voltar a morar em Londres. É fácil viver bem em África sem gastar muito dinheiro.  Em Londres é tudo muito caro. E as pessoas são mais educadas em África. Aqui as pessoas nem se cumprimentam umas às outras na rua.

Porque é que a tua família se mudou para África?

O meu pai trabalhava para a Guinness. Existe um tipo especial de Guinness que é fabricado na Nigéria e que tem muito sucesso em África. Ele teve um papel executivo importante na área de vendas e de gestão. Foi diretor administrativo e gerente de vendas em alturas diferentes. Ele parou de trabalhar nisso há uns tempos e agora ajuda pessoas a desenvolver os seus negócios. A minha mãe trabalha para o Sistema Nacional de Saúde e trabalha no campo da saúde mental. No fundo, ajuda as pessoas das unidades de saúde mental. Tirando-as do hospital ou mantendo-as no hospital se for esse o caso.

Os teus pais influenciaram-te de alguma maneira?

Quando éramos crianças e íamos de férias, íamos sempre a museus de arte. Os meus pais são elegantes, sempre ouviram boa música e sempre se vestiram muito bem. Quando eram mais novos, gostavam de ouvir muito punk, rap e reggae. Foi o meu pai quem me introduziu ao rap e me mostrou NWA e Public Enemy quando eu era pequeno. Além disso, também me comprou o meu primeiro CD de rap: Get Rich Or Die Tryin’ do 50 Cent. Os meus pais sempre fizeram o máximo para que eu fosse eu mesmo, sempre me encorajaram a querer aprender sobre diferentes aspetos da cultura e sempre se mostraram abertos e disponíveis para conversar comigo sobre qualquer temática.

Voltaste para o Reino Unido quando tinhas 18 anos. Porquê?

Na altura, a minha ex-namorada ia começar a faculdade em Londres e o irmão dela ia deixá-la ficar em casa dele. Então, mudei-me para Londres com ela, comecei a trabalhar numa loja e comecei a levar o rap mais a sério.

O problema é que às vezes uma pessoa distrai-se demasiado com certo trabalho, e acaba por tratá-lo como se essa fosse realmente a vida que quer, quando na realidade quer é que a sua vida seja outra coisa. Mais tarde, tive outro trabalho onde fiz um esforço para progredir e subir na empresa. E um dia fui despedido e fiquei tipo: “Oh merda”. Foi nesse momento que percebi que o que queria era fazer música. Portanto, passei a concentrar-me apenas na música.

Que elementos da cultura popular é que foram mais importantes para ti?

Descobri quem era o Nigo e o que é que era a BAPE quando tinha 12 anos. Estar noutro país e tentar acompanhar a cultura popular era algo muito importante para mim. Estava apenas a tentar acompanhar a curva. Não sou um grande fã da BAPE desde que Nigo vendeu a empresa em 2013. Mas nos seus anos iniciais, a BAPE era algo construído com cuidado, feito com qualidade e feito para durar. Ainda há coisas de 2008 da BAPE da era do Nigo, que ainda ficam bem hoje em dia.

Eu devia ter uns 15 ou 16 anos quando descobri os Odd Future. Foi tudo feito de uma forma muito chocante que já não pode ser replicada porque eles já o fizeram. Eles não se levavam a sério, na medida em que só faziam o que lhes apetecia. Acho que foi mais a forma como eles construíram algo a partir do zero e conseguiram construir uma comunidade à volta disso. Eles eram este grupo de miúdos diferentes de lugares diferentes, mas com um objetivo comum. Um pouco como uma equipa de skate ou uma empresa de skate. Tinham uma mentalidade muito DIY e punk. E eu sempre fui um grande defensor da cultura DIY.

Quão importante é para ti estudar os grandes rappers que te antecederam? 

Se fores um chef, vais admirar todos os grandes chefs. No fundo procuras quem é que foi pioneiro ou criou algo. Independentemente do que fizeres, tens de estudar. Acho que é aí que muita gente se engana. As pessoas acham que querem fazer um determinado tipo de coisa e quando são obrigadas a aprender as bases de algo, ficam chateadas. Algumas pessoas não querem desenhar taças com fruta nas aulas de desenho, mas tu vais ter de aprender a desenhar taças com fruta para compreender os fundamentos básicos do desenho. É importante estudar todos os grandes acontecimentos que mudaram a cultura do hip-hop. Tens de os estudar para poderes contribuir para a mudança no futuro. 

A voz com que fazes rap é muito peculiar. Como é que a encontraste? 

Uso muito o nariz e costumo falar pelo céu da boca. Eu controlo mais a minha voz quando falo, exactamente como estou a fazer agora. Assim a minha voz tem um tom menos agudo. Estou a tentar aprender a fazer rap com a minha voz normal. Mas ainda não domino essa técnica.

Não quero confundir as pessoas nem quero fazê-las pensar que mudei completamente. Um álbum interessante que me influenciou muito nesse campo foi o álbum do Zelooperz, Van Goghs Left Ear. Todas as músicas são completamente diferentes umas das outras, mas no final de contas, ainda consegues reconhecer o projeto como um álbum do Zelooperz.

O que é que achas do estado atual do hip-hop no Reino Unido?

Está a ficar melhor. Costumava ser muito orientado para o boom-bap. Agora já não tanto. Existem algumas pessoas interessantes a fazer cenas muito fixes. Tens o Lord Apex a fazer um ótimo trabalho. Tens artistas como o Verbz, Renelle 893, Theodor Black e Conrad Mundy. Todas essas pessoas incríveis estão a fazer coisas interessantes e diferentes do resto. Mesmo a Blah Records, com quem trabalho, está a tentar não ser tão previsível nos projetos que edita.

Tu costumas fazer cassetes de todos os teus álbuns. O que é que te atrai nesse formato?

Para oferecer às pessoas algo que possam colecionar. Algo físico. Comecei a fazer cassetes porque é muito mais barato do que fazer vinis. 250 libras dão para fazer 50 cassetes. Se as venderes por 10 libras cada uma fazes 250 libras de lucro. Tu não vais ganhar muito dinheiro, mas numa era da Primark e da Nike, onde toda a gente tem as mesmas coisas, é bom fazer algo pequeno e único que apenas algumas pessoas podem ter. Trata-se apenas de ter ideias diferentes e dar coisas às pessoas. É a única forma direta de apoiar financeiramente um artista. Porque, além dos concertos, o merchandise é o nosso grande ganha-pão.

“Muitas pessoas criam arte com mais qualidade quando estão deprimidas, pelo menos até um certo ponto”. Isto é um statement teu.  Queres desenvolver?

Sim. Há alguma verdade nisso. Mas também há pessoas que apresentam a sua melhor arte quando estão sãs. Eu pessoalmente acho que um pouco de turbulência cria sempre algo bom. Se fores pesquisar porque é que o Marvin Gaye fez o álbum Here My Dear, é muito interessante. Ele fê-lo porque devia tanto dinheiro à mulher por causa do processo de divórcio que a única maneira de lhe dar esse dinheiro era se ele fizesse um álbum e todo o dinheiro proveniente do disco fosse para ela. No fundo, o disco é o Marvin Gaye a dizer à mulher: “Aqui está minha querida”. É obscuro nesse sentido. Esse álbum tem um tom sombrio e é por isso que é um dos seus melhores discos, apesar de ser um dos menos conhecidos.

Quando tu pensas na relação que tens com drogas e álcool, terias alguma palavra a dizer ao Conrad de há 10 anos atrás? 

Não uses tantas drogas ou bebas tanto álcool. Eu tenho dificuldades em lidar com álcool e eu adoro álcool. Já fui viciado em todos o tipo de drogas no passado e já tive os meus problemas. De muitas maneiras, as drogas e o álcool podem ser uma porta para a criatividade, mas às vezes tu podes estar drogado a fazer música de merda. É como tudo na vida. Tem de ser feito com muito equilíbrio, consciência e segurança. Não quero que as pessoas pensem que ando sempre drogado, porque isso não é verdade. Eu trabalho muito arduamente. Muitas pessoas já tentaram usar isso contra mim. Eu apenas sou honesto comigo próprio. Eu não escondo os meus problemas. É o que é. Estou a aprender a equilibrar melhor as cenas. Às vezes é mais fácil deixar que as circunstâncias assumam o controle sobre nós próprios. Mas se tu as conseguires controlar, então tudo torna-se mais fácil. As pessoas tendem a pensar que são elas que estão em controle das drogas, quando muitas vezes não é o caso. É um  caminho  muito perigoso. Não basta alimentares-te e dormires bem. Tem muito a ver com a cultura que consomes. Se te vais sentar a ver a filmes depressivos, ouvir músicas depressivas e a usar drogas que te deixam deprimido, tu vais ficar deprimido. Tens de cuidar de ti.

Interlúdio

“Consegues ouvir este barulho? Este som vem de um sítio chamado “Speakers Corner”, onde qualquer pessoa pode ir e dizer o que quiser. Claro que tem de ser algo dentro do razoável, desde que não seja um discurso de ódio maluco. Podes dizer quase tudo o que quiseres. É para onde vão falar todas as pessoas malucas.”

O videoclipe da música “Bonito” do álbum Microwave Cooking 2000 foi filmado em Lisboa. 

Nos teus dois primeiros projetos SUPAKING e PEUGOUT MUSIC VOL. 1 envolveste vários produtores, mas nos trabalhos seguintes envolveste apenas um produtor em cada disco. Porquê?

Sim. Eu tenho de voltar a envolver múltiplos produtores nos meus próximos projetos. O principal objetivo de fazer um projeto conjunto entre um único produtor e o artista é alcançar um som coeso que soe o mesmo durante todo o álbum. Tive vários produtores envolvidos no PEUGOUT MUSIC VOL.1 e no SUPAKING. Projetos de colaboração entre produtor e músico podem-se tornar confusos, porque é tudo CLBRKS & Kiina, CLBRKS & Morriarchi, CLBRKS & Dweeb, e se alguém acabou de me descobrir e não me conhece, pode achar que CLBRKS & KIINA é um grupo. Eu acho que assim que tiver estes próximos projetos que fiz finalizados e lançados (que são todas com um produtor apenas) vou começar a pensar em envolver mais produtores em cada álbum que faço.

Quais são as principais diferenças entre os teus projetos Habits e Habits 2?

Quando fizemos o Habits, eu e o Kiina estávamo-nos a conhecer. Essas foram as primeiras músicas que fizemos juntos e foi o início de uma amizade. Conhecemo-nos em 2017 e desde então tornámo-nos bons amigos. O Kiina é uma pessoa muito interessante, que tem muito bom gosto e que sabe imenso sobre as mais variadas temáticas. 

O Habits 2 é muito mais organizado e menos confuso. Já sabíamos o que estávamos a fazer quando fizemos este projeto e tínhamos um plano em mente. Fizemos o Habits 2 com todo o tempo do mundo e, eventualmente, quando as músicas estavam todas finalizadas foi apenas necessário compilá-las.

Em 2021 emitiste um pequeno comunicado no qual dizias que precisavas de desacelerar. O que é que se passou?

Acho que perdi toda a direção e todo o rumo.  Foi num momento crucial em que era suposto eu progredir. Tinha acabado de lançar o Microwave Cooking 2000 com a Blah Records. E depois o mundo parou para mim. A minha ex-parceira estava a passar por uma fase semelhante na altura. Nós sentíamo-nos um pouco perdidos e ficámos fechados em casa juntos. Foi numa altura em que eu trabalhei muito e não me permiti descansar. A dada altura, Ogbloops e eu tínhamos um estúdio onde eu passava dias sem sair, a trabalhava sem parar, a beber e a ficar maluco. Fiquei muito preso à ideia de tentar ser o CLBRKS muito rapidamente, em vez de me focar na minha vida um passo de cada vez. Cometi muitos erros. Estava muito desequilibrado nessa época da minha vida.

Como é que tu e o Dweeb fizeram o projeto The Library of Babel?

O Dweeb e eu nunca nos conhecemos. Fizemos o álbum todo à distância. Comecei a fazer as músicas e depois comecei a ler o livro “The Library of Babel” do Jorge Luis Borges. Apliquei o conceito do livro a três ou quatro das músicas e depois escolhi os samples de áudio do livro. Os samples são a parte mais importante. É o que une e torna este projeto coeso. O The Library of Babel tem muitas referências bíblicas. Existem vários paralelos com a Bíblia e muita gente tenta interpretar os seus significados através de textos religiosos.

A religião fascina-me, mas eu não a pratico. É uma boa maneira de perceber de onde é que as pessoas vêm e que crenças é que têm. Também ajuda a entender por que a sociedade é como é. Eu acho a religião interessante como um meio de dar esperança às pessoas. A crença de que algo é maior do que nós e tudo à nossa volta, é interessante.

The Library of Babel foi o álbum que mais me deu alegria de fazer e lançar. Para mim foi mais um esforço artístico do que apenas fazer um álbum de rap. É o meu grande projeto. 

Recentemente lançaste a tua primeira beat tape ALL MY IDOLS LIVED FAST. Quando é que começaste a produzir?

Não consigo pensar num dia certo. Acho que deve ter sido depois da quarentena. É algo recente, porque na verdade eu não acho que seja muito bom a fazer instrumentais. Eu apenas tentei fazer uma coisa diferente. Comecei por tentar fazer colagens e instrumentais. Porque eu gosto de criar. Há muitas pessoas que fazem coisas e nunca fazem nada com elas. Eu quero exibir as minhas criações. Não faço nada sem um motivo. Fazer música tornou-se numa vida profissional para mim. Escrever é divertido, mas gravar, mixar e masterizar, compilar e dedicar as músicas a um álbum, e arranjar uma capa e o videoclipe é uma tarefa difícil, sabes?  Tens de te esforçar para continuar a gostar de todo o processo. Mas ao mesmo tempo, se não gostas de o fazer, qual é o sentido em fazê-lo? É uma luta.

Mas tu gostas de o fazer?

 Sim, mas houve momentos em que transformei a música num trabalho e não numa paixão. É nesses momentos que eu fico confuso. Mas se eu não o tivesse feito, talvez não tivesse tido alguns dos sucessos que já tive. Porque eu não teria aplicado a mesma dedicação que apliquei.

Quem são três artistas que te inspiram neste momento?

Mach-Hommy, Navy Blue e West Side Gunn. Eu simplesmente gosto da forma como o West Side Gunn lança um álbum.

Como é que o teu próximo projeto com o Vagrant, The Iceberg Theory surgiu?

No início, era apenas um projeto encomendado. O Vagrant entrou em contato comigo e fez-me uma proposta que eu aceitei. Ele tinha uma ideia do que queria fazer. Esse álbum é a visão dele, quem têm as rédeas é o Vagrant. Ao contrário do normal, sentei-me a observar e deixei-o controlar e direcionar o projeto. The Iceberg Theory é uma teoria desenvolvida por Ernest Hemingway que nós usámos como influência para o álbum. Há sempre muito mais a acontecer do que o que nós conseguimos ver à superfície.

Quero fazer-te uma pergunta. Vou te dizer o nome de cada produtor com quem já trabalhaste e tu vais me dizer a primeira palavra que vem à tua mente.

Certo.

dylantheinfamous – Jovem.

                           Ogbloops – Limpo.

                                           Morriarchi – Visão.

                                                             Dweeb – Obscuro.

                                                                                Kiina – Artístico.

                                                                                                Vagrant – Organizado.

                                                                                                                      DRAE THE SKIMASK – Incansável.

 

dylantheinfamous – Jovem.

Ogbloops – Limpo.

Morriarchi – Visão.

Dweeb – Obscuro.

Kiina – Artístico.

Vagrant – Organizado.

DRAE THE SKIMASK – Incansável.

 

Quais são as tuas perspetivas futuras para a tua carreira?

Onde Deus me levar. Eu gostava de começar a editar as músicas de outros artistas numa editora minha. À medida que vou crescendo, tenho tido mais necessidade de descobrir uma maneira de ganhar dinheiro a longo prazo. Quero fazer mais digressões. Nunca toquei num festival ou no estrangeiro. Gostava de ter o meu programa de rádio. Para tocar as músicas que eu gosto e mostrá-las às pessoas.

Como é que descreverias a tua ética de trabalho?

Recentemente, semi inexistente. Quando estou a trabalhar, trabalho muito mesmo. Trabalho mais arduamente do que muitas pessoas que conheço. É importante descansar. Acabei de sair de um período muito longo em que trabalhei muito todos os dias. Se estou a gravar, escrevo e gravo no mínimo três músicas por dia. Tem a ver com como me estou a sentir. Se eu estiver com pica para o fazer, então faço. Mas se eu não o sentir, não o vou apressar. Não podes apressar o sucesso, como dizem. Não podes forçar as coisas. Tens de ter tempo para fazer coisas como o que estamos a fazer agora. Passear, ir a museus e comer boa comida. É importante ingerir diferentes aspectos da cultura, que precisam ser consumidos para nos mantermos inspirados.

Muito raramente as pessoas compreendem a importância do que estão a fazer enquanto o fazem. É só quando estão a desenhar a torre Eiffel que as pessoas sabem que o que estão a fazer é importante. Maior parte das vezes, quando as pessoas estão a criar algo, elas nem sabem o que está a acontecer. Muitas pessoas apenas criam porque pode ser alguma coisa. 

Em 2022 o CLBRKS lançou três projetos, cada um com um produtor diferente.

Desde o dia 9 de maio de 2022, lançou dois novos projetos. The Iceberg Theory foi inteiramente produzido por Vagrant e A Place I Got Lost In foi inteiramente produzido por YUNGMORPHEUS e editado em vinil pela Tuff Kong Records.

No dia 4 de agosto partilhou o palco com KILLOWEN entre outros no evento BABYFACE MUSIC PRESENTS que aconteceu no The Old Blue Last Venue.

O CLBRKS participou no espétaculo da Blah Records no Fabric London no dia 3 de novembro de 2022 e teve a honra de abrir o espetáculo ao vivo do KRS-ONE na KOKO Venue em Camden no dia 26 de novembro de 2022.

Podem encontrar o CLBRKS no Instagram.